Djaimilia Pereira de Almeida (Luanda, 1982) é escritora. É autora de Esse Cabelo, Luanda, Lisboa, Paraíso, As Telefones, Três Histórias de Esquecimento, Ferry, Livro da Doença e Toda a Ferida é uma Beleza, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB 2024. Escreveu ainda os ensaios Ajudar a Cair, Pintado com o Pé, Os Gestos, Regras de Isolamento e O Que é Ser Uma Escritora Negra Hoje, de Acordo Comigo.

Os seus livros e ensaios receberam vários prémios, entre os quais o Prémio Oceanos, o Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz, o Prémio Literário Fundação Inês de Castro, o prémio de ensaísmo serrote, o prémio Primeiras Teses e estão traduzidos em dez línguas. Na Primavera de 2022, foi a escritora residente da Literaturhaus Zürich. 

Foi co-criadora e co-editora da revista Forma de Vida. Recebeu o Prémio FLUL Alumni 2023, atribuído pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou. Em 2025, recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, concedido pela Universidade de Évora, pelo conjunto da sua obra literária. Os vestibulares da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul incluem A Visão das Plantas nas listas de leitura obrigatória.

Djaimilia vem colaborando com outros artistas. Colaborações recentes incluem o trabalho com a encenadora e actriz Zia Soares e com os artistas visuais Isabel Baraona, Humberto Brito e Marta Pinto Machado. 

Escreve na Quatro Cinco Um e no Observador.

Djaimilia Pereira de Almeida was born in Luanda, Angola, and raised in Portugal. She is the author of several prize-winning novels, including That Hair,  a finalist for the PEN Translation Prize. Her stories and essays have appeared in Granta and Words Without Borders, among other publications. She holds a PhD in literary theory from the University of Lisbon. She is a contributor for Quatro Cinco Um and Observador. Three Stories of Forgetting is forthcoming in the US from FSG in December.


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Livros / Books

  • Livro da Doença. Lisboa: Relógio D’Água, 2024. / São Paulo: Todavia, 2025.
  • O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo. São Paulo: Todavia, 2023 / Lisboa: Penguin Random House, 2023. / Madrid: La Umbria y la Solana, (em breve).
  • Toda a ferida é uma beleza. (com Isabel Baraona). Lisboa: Relógio D’Água, 2023.
  • Ferry. Lisboa: Relógio D’Água, 2022.
  • Três Histórias de Esquecimento. Lisboa: Relógio D’Água, 2021. / Viviane Hamy Editions, 2024 / USA: Farrar, Straus & Giroux, 2025 (9/12).
  • Os Gestos. Lisboa: Relógio D’Água, 2021.
  • Maremoto. Lisboa: Relógio D’Água, 2021 / Unionsverlag, 2023.
  • Regras de isolamento (com Humberto Brito). Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, Colecção Retratos, 2020.
  • As Telefones. Lisboa: Relógio D’Água, 2020.
  • A Visão das Plantas. Lisboa: Relógio D’Água, 2019  / São Paulo: Todavia, 2021 / Zurich: Unionsverlag, 2022 / Buenos Aires: Edhasa, 2023.
  • Pintado com o pé. Lisboa: Relógio D’Água, 2019.
  • Luanda, Lisboa, Paraíso. Lisboa: Companhia das Letras Portugal, 2018 / São Paulo: Companhia das Letras, 2019 / Sichuan Literature & Art, 2022 / Slovakia: Portugalský Inštitút, 2022 / USA: Farrar, Straus & Giroux (em breve).
  • Ajudar a cair. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, Colecção Retratos, 2017.
  • Esse cabelo. Lisboa: Teorema, 2015 / Rio de Janeiro: Leya Brasil, 2017 / Portand: Tin House Books, 2020 / Lisboa: Relógio D’Água, 2020 / São Paulo: Todavia, 2022 / Roma: La Nuova Frontiera, 2022 / Copenhaga: Aurora Boreal, 2023 / Valência: Lletra Impresa Edicions, 2022 / Buenos Aires: Edhasa, 2022. Egipt: Al arabi, 2023 / Madrid: Las afueras, 2025 (13/10).

Livros de artista / Artists’ books

  • Colecção O Hálito da Vida, 33 x 3 ex. Design: Joana e Mariana, 2025. 
  • Mariana. Lisboa: Dois Um, 2 ex. Design: Bulhufas, 2021.
  • A estrada menos eu. Lisboa: Dois Um, 2 ex. Design: Bulhufas, 2021.
  • A cauda. Lisboa: Dois Um, 50 ex. Design: Joana e Mariana, 2020.
  • Colagem / Coragem. Lisboa: Dois um, 50 ex. Design: ilhas estúdio, 2020.



Alguns ensaios / Selected essays

  • “Saudades de casa”. Revista Serrote, Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles, 2014.
  • “A angústia de não ler o suficiente”. Revista Ler, Lisboa: Círculo de Leitores, 2014.
  • “Chegar atrasado à própria pele”. Forma de Vida 5 | Buala, 2015.
  • “A sombra da vida”. Revista Ler, Lisboa: Círculo de Leitores, 2015.
  • “Como um cego conhece o seu caminho”. Revista Ler, Lisboa: Círculo de Leitores, 2015.
  • “Crónica sobre o Futuro”. XXI - Ter Opinião, Lisboa: FFMS, 2016.
  • “Cabelo”. Revista Serrote, Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles, 2016.
  • “Arte de ser encontrado”. Revista Ler, Lisboa: Círculo de Leitores, 2016.
  • “Três incêndios”. Revista Pessoa, 2016.
  • “Three Fires”. Words Without Borders, 2017.
  • “Aula de culinária”. Granta Portugal,2017.
  • “Parto e resgate”. Revista Pessoa, 2017.
  • “Morrer pela primeira vez”. Revista Ler & Revista Pessoa, Lisboa: Círculo de Leitores, 2017.
  • “Gente Autónoma”. Revista Quatro cinco um, 2017.
  • “A voz do corpo mudo”. Revista Zum, 2017.
  • “Vida adulta”. Blog da Companhia das Letras, 2018.
  • “Canção de um mundo que persiste”. Revista Quatro Cinco Um, 2018.
  • “Uma fotografia com Mariam”. Blog da Companhia das Letras, 2018.
  • “As últimas fotografias”. Blog da Companhia das Letras, 2018.
  • “Menina Celeste (A partir de Chattanooga, Tennessee, 1976, de Rosalind Fox Solomon)”. Zum, 2019.
  • “Ele estendeu-me a mão e fui”. Buala, 2020.
  • “Aretha Franklin: Amazing Grace”. Folha de S. Paulo, 2020.
  • “Tema Livre”. Revista Olympio, 2021.
  • “Sou pai e mãe, amiga”. Folha de S.Paulo, 2021.
  • “Atrás do meu marido”. Folha de S.Paulo, 2021.
  • “Tempo para desler”. Cadernos do Rivoli, 2022.
  • “Bin ich eine schwarze Autorin?”. Neue Zürcher Zeitung, 2022.
  • “O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo”, Revista Serrote, 2022.
  • “Miracolo a Lisbona”, d la Reppublica, 2022.
  • “Um dedal”. Revista Brotéria, 2023.
  • “O senhor dos póneis”. Suroeste - Revista de Literaturas Ibéricas, 2023.
  • “A morte da ambiguidade”. Revista da Associação Portuguesa de Escritores - O Escritor, APE, 2024.
  • “Quim & Helau”. Colóquio-Letras, Especial 50 anos do 25 de Abril, 2024.
  • “A Condição Sem Nome’”. Revista Serrote, 2024.


Colaborações / Collaborations with other artists

  • “Onde procurar a coragem?” — Revista Contemporânea - MAAT, curadoria Ana Cachola, 2021.
  • “Para ser abismo: escutando Zia Soares”. Revista do São Luiz Teatro Municipal, 2021.
  • “Casa Cruzado” — com Mónica de Miranda, Tales of Lisbon, Arquivo Municipal Fotográfico, 2020.
  • “Regras de isolamento” — com Humberto Brito, Revista Zum, 2020.

  • O Estrangeiro, 2025. Co-Curadoria do Ciclo de Conferências, Performances, Exposições e Concertos, Escola das Artes da Universidade Católica, Porto.
    Convidados: Rodrigo Areias com Samuel Coelho, Frederico Pedreira, Miguel Gomes, Marco Martins e Beatriz Batarda, Arianna Casellas e Kauê, Mónica de Miranda, Vasco Araújo, João Grilo, Fred Moten, Geovani Martins, Aline Motta, Tomé Silva.

  • Pérola Sem Rapariga. 2023. Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems, de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse. Qual a vida de um gesto — a história de um olhar — a fundura de uma gargalhada? Em Pérola Sem Rapariga ri-se sem razão aparente, do riso deflagra o choro, o choro redunda em sonho e mergulha-se nele como num oceano. É daí que da gargalhada mais antiga, e da possibilidade de a gozar após tanto tempo, se abrem as portas de sonhos inquietos e delas ao fundo dos mares, onde jazem os que não podiam rir. A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte.
    Interpretação: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça artista visual Kiluanji Kia Henda instalação e figurinos Neusa Trovoada design de iluminação Carolina Caramelo música e design de som Xullaji assistência à encenação de movimento Lucília Raimundo vídeo promocional António Castelo assistência geral Aoaní d'Alva coprodução Sowing, Teatro Nacional D. Maria II, no contexto da apap – FEMINIST FUTURES (projeto cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia) Imagem Filipe Ferreira.

  • Coro dos Assombrados, 2023. Em diálogo com a exposição de Neusa Trovoada Chorus 1.8, a encenadora e atriz Zia Soares apresenta a performance “Coro dos Assombrados”, no terraço da Fábrica da Cerveja. A artista investiga as relações de poder coloniais e pós-coloniais a partir de um universo poético e plástico que forja uma contra-memória para a Europa. Com texto de  Djaimilia Pereira de Almeida, a performance reúne um conjunto de vocais inquietantes enquanto reflecte sobre silenciamentos históricos e a potência política e subjetiva da voz.
    Texto: Djaimilia Pereira de Almeida. Instalação: Neusa Trovoada. Vídeo e interação: Cláudia Sevivas. Música: Xullaji. Atuação: Zia Soares, Carlos Trovoada. Apoios: Biblioteca de Belém – Rede de Bibliotecas de Lisboa, Divergente, Espaço Tabanka, Qi news.



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